segunda-feira, 22 de março de 2010

JORNAL DA TARDE faz matéria com a ART ROCK




O Jornal da Tarde publicou hoje (22/03/2010) uma reportagem super legal sobre a ART ROCK tendo como pano de fundo a própria Galeria Nova Barão como um espaço alternativo cultural.

Esse fato nos deixa muito feliz, pois sabemos das inúmeras dificuldades que enfrentamos para tornar o Espaço do Rock um lugar atraente para todos que o visitam.

Gostaria de agradecer a Kátia e ao Carlos por acreditarem e investirem no Espaço do Rock através da Big Papa Record’s, e na busca incansável para torna o lugar cada vez melhor.

Abaixo, leia a íntegra da matéria escrita pelo repórter Marcelo Moreira.

Galeria do rock lado ‘b’


Com instituto cultural, Nova Barão quer atrair ‘órfãos’ do espaço que faz sucesso na TV

Marcelo Moreira, marcelo.moreira@grupoestado.com.br


Uma feira itinerante de compra, venda e troca de LPs e CDs e jam sessions com músicos famosos uma vez por mês regadas a cerveja gelada. Essas são as primeiras atividades do “instituto cultural informal” formado pelas lojas da Rua Alta da Galeria Nova Barão, no centro de São Paulo.

Enquanto a famosa Galeria do Rock se torna “personagem” da novela Tempos Modernos, da TV Globo, e acentua cada vez mais a sua nova vocação de shopping center de novas tendências de comportamento e moda,

as 11 lojas vinis e CDs da Nova Barão começam a se movimentar para transformar o seu espaço na alternativa para os órfãos do rock tradicional.

A ideia da criação de um instituto cultural na Rua Alta não é nova e pode sair formalmente até o final de 2010. Enquanto isso, o casal Kátia Pimentel e Carlos Suárez, da Big Papa Records, e os irmão Cláudio e Márcio Morais, da Art Rock, lideram o movimento para atrair os amantes de música descontentes dos rumos que a Galeria do Rock original, entre as rua
s 24 de Maio e São João, tomou em direção ao mundo fashion.

“Fui o primeiro a chegar aqui, há dez anos, e mantenho a loja como um ponto de encontro de amigos que gostam de ouvir um bom rock e tomar cerveja”, diz Cláudio Morais, engenheiro químico psico-pedagog
o que toca a Art Rock com irmão Márcio, jornalista e professor. “Em que outro lugar é possível juntar gente legal, com bom gosto, tomar cerveja e ouvir rock progressivo?”

Já Kátia e o norte-americano Suárez, da Big Papa, são os mentores do projeto em si do instituto cultural e os coordenadores da primeira feira itinerante de troca, compra e venda de LPs de São Paulo. Eles ainda promovem sessões de música no interior da loja, que vende gravuras e pinturas de artistas sem espaço para expor seus trabalhos.


Migração

As 11 lojas do bulevar da Rua Alta devem se tornar 13 até o meio do ano. Lojistas tradicionais da Galeria do Rock têm esp
aços reservados no local, já prevendo a possível decadência da venda de música no tradicional reduto de roqueiros da cidade.

É o caso dos sócios Fausto Mucin e André Mesquita, da Die Hard, especializada em heavy metal e rock clássico. Os dois já compraram uma loja na Nova Barão. “O público atual não tem o mesmo apreço pela música e se contenta com arquivos simples de áudio no computador. E esse é o público atual da Galeria do Rock”, diz Mucin, que não tem data para migrar. “Enquanto der, vamos ficando, mas uma
hora teremos de tomar uma decisão. O aluguel na Nova Barão é um terço do que pagamos hoje aqui. Quando o consumo de música for se tornar uma coisa ‘cult’ deveremos ir para lá.”

Embora predominem as lojas especializadas em rock e em venda de vinis, o conceito cultural é mais amplo - pelo menos essa é a ambição de quem trabalha ali. A Big Papa, por exemplo, tem um acervo bastante interessante de CDs e LPs de jazz e música brasileira em geral, atraindo aficionados estrangeiros, como a estudante canadense Sarah Anton, frequentadora assídua das lojas e fã de Gal Costa e
Maria Betânia.

“Venho pelo menos duas vezes por mês aqui e sempre encontro o que quero. Agora sou ‘sócio’ da Art Rock”, brinca Celso Capanema, consultor em tecnologia. Ricardo “Cachorrão” Flávio é outro que adora passar tardes de sábado passando por todas as lojas. “Conheço pessoas diferentes, ouço boa música, ensino meu filho a escutar coisa boa e me divirto tomando cerveja. Bom
demais.”U



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