quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma questão de educação

Quem conhece a ART ROCK sabe que a grande maioria dos nossos CDs são importados. Para que o preço seja o mais baixo possível, compramos os CDs sem a caixinha, porque ela faz muito volume, o que onera o preço final devido ao frete. Os CDs chegam à loja apenas com a mídia dentro do encarte. Todo o trabalho de embalagem é feito por nós.

Quem conhece a ART ROCK sabe que nunca negamos abrir um CD e tocá-lo quando o cliente solicita. Sabemos que isso faz parte do nosso negócio. E mais: temos muito prazer em fazer isso, porque dessa forma agradamos ao nosso cliente, ele tem a oportunidade de fazer a melhor escolha.

No entanto, abrir um CD apenas por abrir, matar a curiosidade de ver a mídia, o encarte, para ver o ano, a formação dos integrantes, etc., isso não concordamos. Ao abrir o lacre, o saquinho que embala fica danificado (necessitando a troca) O sujeito não se contenta em apenas ver, ele pega o encarte e o folheia, deixando suas indesejadas digitais marcadas. Pega a mídia e a analisa como se fosse uma pedra lapidada (muitos ficam procurando defeitos para pedir mais descontos). Depois disso tudo, embala o CD a seu modo e o coloca de volta no painel. Como que por aqueles instantes, o CD fosse dele. E é justamente esse mesmo CD que alguém vai pagar por ele!

Pela nossa experiência, o cidadão faz isso porque, geralmente, o CD que ele deseja está custando mais ou menos R$60 na galeria do rock, e quando ele encontra o mesmo CD na ART ROCK por R$35, o camarada pensa que é usado, falsificado, russo... Coisa do tipo que temos de ouvir. O pior é que na maioria das vezes ele nem compra o de 60 nem o de 35...

Não achamos justo alguém manusear um produto que não lhe pertence. Para nós, da loja, é difícil essa relação porque sabemos que alguém vai comprá-lo, e será muito desagradável vender um produto que não esteja com a sua integridade física em ordem.

Fazemos questão de informar quando o CD é usado, ou quando a mídia apresenta ranhuras, por isso, inclusive, nesses casos, vendemos ainda mais barato. Parece brincadeira, mas esse assunto irrita tanto aos lojistas que gostaríamos de dar uma dica: ao entrar numa loja de CDs, se quiser obter informações, pergunte ao lojista. Se quiser ouvir o CD, entregue-o para o lojista e solicite a ele se é possível tocá-lo. Nunca abra o CD por sua conta. Não peça nem manipule o encarte depois de aberto. Peça para ouvir o CD se realmente tiver interesse em comprá-lo.

Tudo isso é para que o cliente/amigo da ART ROCK tenha a certeza de que nós zelamos pelos CDs que estão à venda. E que ninguém botou o dedão nele antes de você. É só uma questão de educação.

6 comentários:

  1. Marcio, experiencia própria: certa vez em férias no sul do Brasil, na cidade onde um casal amigo paulista tinha uma loja de varejo, vi as reclamações dos mesmos sobre cheques sem fundo ou de empresas, etc. Simples: Na hora fiz cartazes bem visíveis junto ao balcão - "Não aceitamos cheques de terceiros ou empresas", "Cheques apenas com RG, Telefone e Endereço. Favor apresentar documento"... "Favor não insistir". Mais claro que isso impossível. Pois bem, uma das primeiras coisas que ouvi de uma pessoa que estava pagando com cheque logo após o evento dos cartazes: "Preciso mesmo apresentar RG e por esses dados? Já tenho CPF no cheque..." Minha resposta educada - "O que a sra. acha?". Não dava para responder outra coisa. Portanto, não espere educação 'voluntária' da maioria das pessoas, pois se com todos os avisos eles ainda são céticos se devem mesmo ter educação... Sugestão: combine com os lojistas da área um padrão mais formal. Se o produto é bom e o preço é razoável, exijam por aviso o mínimo de apreço para com a mercadoria. Façam placas padronizadas para todas as lojas e as fixem de forma visível logo após a entrada. "Favor não abrir embalagens e manusear o produto. Peça ajuda e informação ao lojista. Alguém poderá comprar o mesmo produto. Grato.". Pronto. Viu alguém passando por cima da recomendação, aborde de maneira educada mas aborde, antes que o manuseio se consuma.

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  2. Celso, como você mesmo relata, olha como a situação é difícil! Se vc for na loja sábado, pergunta para o Cachorrão o que eu fiz com um cara que passou sábado passado lá. Não gosto de ser rude com as pessoas, mas tem hora que não dá.

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  3. Colegas,

    Achei OK saber a visão dos lojistas. Agora vou dar a minha opinião enquanto cliente e colecionador.

    Se vou a uma loja pela primeira vez, costumo perguntar ao vendedor se posso "apreciar" melhor o CD que se encontra aberto. Caso afirmativo, observo atentamente e com o máximo de cuidado. Isto é necessário não por curiosidade, mas exatamente para poder checar se o estado está condizente com a minha expectativa (encarte, riscos, sujeira, sobre-capa, se está targado, rasurado, se realmente é novo, etc.).

    Se a resposta for negativa, e caso o logista tenha educação em dar este feedback, não vejo problema nenhum em acatar seu pedido, deixando para que o mesmo abra o produto por sua conta.

    Mas, se o produto está aberto, eu desejo ver o mesmo, independente da conversa do vendedor.

    Na atualidade, é muito difícil ter total certeza da qualquer procedência, especialmente dos CD`s que chegam deslacrados do exterior. Existem muitas edições não autorizadas (algumas realmente boas, outras mediocres). Mesmo se for CD original, uma vez que chega do correio somente com encarte, pode perfeitamente arranhar durante o transporte.

    Eu mesmo já presenciei a chegada destes produtos em uma loja da Galeria do Rock e acabei separando alguns itens "on the job". Mas, ao verificar o lote total, percebi que 50 % deles estavam com pequenas marcas nos CDs e encartes.

    Outra preocupação é que está se tornando quase comum adquirir CD`s importados e nacionais "lacrados" no mercado, como se fossem novos. Quando vc abre o produto, a surpresa: CD com riscos.

    Não vejo grandes diferenças nos produtos adquiridos nas 2 galerias (Rock e Nova Barão) e nem quanto as outras lojas correlatas, pois os fornecedores são praticamente os mesmos.

    Acredito que o diferencial seja mais na política de preço que praticam, na forma de atendimento e tb no cuidado que o logista tem ao checar a qualidade dos produtos que está comprando.

    Espero ter ajudado no debate.

    Abraços,

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  4. Mais uma vez, colega, obrigado por colaborar conosco.
    Acho que você entendeu o teor do artigo. Não há problema algum quando nosso cliente pergunta se é possível "apreciar" o CD. Fazemos isso com prazer. Desde que ele realmente tenha interesse em comprá-lo. O problema é que tem gente que chega na loja e pensa que o CD é dele! Se 10 pessoas manusearem um cd novo, principalmente o encarte, quando a 11ª for comprá-lo, ela comprará um cd "usado". Isto não é justo com a pessoa que "compra". Você gostaria de estar nessa situação? O logista não pode dar ao luxo uma pessoa que quer somente matar a "curiosidade". De ver a mídia, de ver o encarte, e colocar de voltar na prateleira!. Além disso, isso gera custo para a loja. Como você bem observou, muitos CDs são comprados novos, mas vêmm com certos "risquinhos" em razão do transporte, tendo em vista que os CDs são transportados sem a caixinha original, por causa do volume que faz. Esses são embalados pelos logistas (a caixinha e o envelope plástico). Com tudo isso, conseguimos oferecer CDs importados por um preço muito mais baixo do que o vendido com o lacre original. NÃO PRECISA SER MUITO INTELIGENTE, MAS QUALQUER PESSOA MINIMAMENTE INFORMADA SOBRE TAXAÇÃO, SABE QUE OS CUSTOS DE FRETE SÃO, NA MAIORIA DAS VEZES, MAIORES DO QUE O PRÓPRIO PRODUTO. A opção sempre é do cliente. Se ele quiser um CD com lacre original, procure uma loja que o tenha e pague o preço condizente!!!
    Na ART ROCK, tomamos todo o cuidado em oferecer um produto digno. E qualificamos o preço de acordo com o estado do CD, e damos a opção ao cliente. Como disse, é ele quem decide, não nós. Sempre procuramos dar aos nossos clientes o respeito que eles merecem. Vamos fazer 10 anos em 2010. Em todo esse tempo, só contribuimos para o crescimento da Nova Barão como uma opção à Galeria do Rock. A ART ROCK foi a primeira loja a abrir na Nova Barão. Nossa proposta é oferecer um atendimento cordial e oferecer sempre um preço que caiba no bolso do consumidor, sem exploração. O resultado disso é que centenas de amigos frequentam a ART ROCK e estabelecemos uma relação de pura amizade com todos eles. A nossa determinação fez com que outros lojistas se transferissem para a Nova Barão em busca de resultados. Hoje, "O Espaço do Rock", como chamamos a Nova Barão, é um local agradável, seguro, e com o propósito de oferecer uma alternativa rockeira para todos que gostam de Rock'n'Roll. Evocê já faz parte disso.
    Um abraço.

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  5. É a filosofia da miséria....
    as pessoas querem comprar um cd de 1994 (às vezes um Lp de 1970) , usado,"novo", sem nenhuma marca, nenhum arranhão. Acho que é relativamente simples, todo hobbie tem um preço. Se a pessoa quer um cd intacto, compre-o novo, lacrado e pague o que o LOJISTA (e o mercado cobram, ou seja cerca de $ 70,00 reais pelo danado.E olha, os LOJISTAS são os últimos responsáveis pelos preços abusivos dos cds. Do contrário, de acordo com o miserè de cda um, compre-se cds usados, riscados, cdrs, mas sem NUNCA METER O DEDÃO nas mercadorias expostas das lojas que têm por objetivo último atender (e BEM) o cliente (e CLIENTE é quem compra, não quem enche o saco).
    E por último...gente... LOJISTA é com "J".

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  6. Marcinho, eu acho que vc é encrenqueiro... hahahaha

    Meu querido, vc está devidamente linkado no blog do Dogão... mas, onde é que está meu link aqui?

    Outra pergunta: cadê o tópico nazista e falso moralista??? Não achei! :P

    Abração!

    PS: Criatura, modifique a configuração porque fonte preta com fundo de tela preto, complica!

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